Já estava com saudade da noite
quando ela voltou a invadir meu sono
só para me roubar os dias
de janelas abertas, ela lentamente infiltrar-se no meu quarto
e me sacode da cama para passear errante
e inventar palavras.
Para haver tronco, galho e flores
tem que haver raiz.
Minha raiz preta
me inventa no sonho do mundo
a sombra do sol, minha amante fiel
pulsa seu coração negro e traz as almas
vermelhas dos amigos,
seres fantásticos, colchas de retalhos
de poesias, músicas e lucianas e renatos,
tudo que ela revela no negrume da vida
é a ela que desejo nos dias.
Quando eu não existir mais, me busque nas trevas
que a noite sentirá.
Minha amiga já me vê ao longe e cobrindo o crepúsculo, me abraça,
me envolve no seu ventre obscuro
e com uma canção de ninar, menina noite.
Porque a palavra Adeus começa a raiar,
eu vejo a noite chorar
2 comentários:
você é aquilo que eu chamo de raiva em mim.
"Entre nossos olhares havia uma cumplicidade de mar e marinheiro..."
Idiota!
comentário ácido.. rs
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