Morre o azul,
um sonho, uma criança:
Deus não chora.
Morre mais um,
Deus
não escreve;
não canta poesia;
ou compõe uma canção.
Ele nunca fez uma oração.
Posso ser só
por ti
vou até o pó
Contigo
chega a meia noite,
cega-me o calor da lua
e acordo.
Como o meio dia, não durmo,
minha noite
é você.
Deus aos doze
Quando era criança, desejava ser transparente,
mas não como um super poder de um super-herói,
pelo contrário: a transparência me deixaria frágil.
Revelaria algo escondido aqui dentro, que mesmo eu não conseguia ver. E sentia,
no peito, na boca do estômago, nos joelhos e no fundo dos olhos, algo comichando.
Já tinha a consciência de que algo em mim era subterrâneo,
profundamente escondido na cafurna
que deus havia escavado
na menor alma que havia encontrado naquele dia.
Depois de uns anos, passei a achar que meus segredos eram para ser guardados,
E que na verdade não eram meus, eram pecados de Deus que ele escondia em nós;
quando pareciam vir à tona,
reprimia,
queria escondê-los,
e uma enorme solidão tomava conta.
Até que uma bailarina olhou através de mim,
depois me deu seus segredos.
E então meu primeiro beijo,
junto veio um bilhetinho que dizia assim “Oma et ue”.
Mas não entendi,
ela sussurrou: eu te amo.
Roubou minhas confidências e meus segredos
deixavam de ser.
Porém Deus vinha aos domingos e guardava novos.
deixavam de ser.
Porém Deus vinha aos domingos e guardava novos.
Passei a crer que O segredo faz parte de mim
e que contá-lo não era simplesmente revelar-me,
era transcender-me.
Assinar:
Postagens (Atom)