Vaga na rua lume,
no meu peito breu seja raio,
mas não, inútil cambaio
em toda atmosfera cintila,
e nem a si mesmo ilumina.
Brinca de fadinha,
faúlha, não farol.
Para quê brilha fraca frente ao sol?
Para quê brilha fraca frente ao sol?
Faz de conta que é estrela
de guardar entre as mãos...
Porém
se não mostra a vereda,
se não mostra a vereda,
para quem lampeja então?
Vaga em mim lume
anos-luz,
na escuridão, a noite seduz,
se é em vão,
no universo, todos são.
Rói minha solitude,
meu negrume
vaga em sua lume.