Minha alma sempre pergunta pela sua

oi,
para começar, te amo.

na babilônia, te encontrei
passarinho
cantando minhas noites,
feito uma oração...

tantas vezes saímos voando por uma janela branca,
sobrevoamos cidades, dançamos em vênus,
nos alimentamos de universos,
a sobremesa estelar, nos fazia cosquinhas no céu da boca,
nos fazia sorrir por todos os motivos.

sinto saudade de nossos belos diálogos,
de brincar de telepatia, de implicar,
de cinema, de bar,
de icaraí, de sendas do ingá,
de cozinhar com as mãos.

minha amiga iluminante,
minha santidade,
quero cuidar da sua felicidade de novo,
todos os dias consolar sua imaginação,
domesticar os monstros que você criou,
quero deitar do seu lado calado,
ouvir seus sonhos de amor, de caridade, de terra molhada,
vamos nos cansar de rir

e fazer um silencinho,
pois minha alma sempre me pergunta pela sua,
vamos deixá-las conversar...