Vestígios

Rabisco idéias em mil fragmentos
de papel, junto agulha, linha e borracha
pra cozer uma estranha colcha de retalhos...
Cubro-me dessas teorias entrelaçadas,
(frutos do ócio, do tédio, das coisas que andei usando)
e durmo. Sonho com meu livro de fogo e sombras,
acordo-me em cinzas

de mim, sobram apenas
vestígios de um livro fantástico.
Sou esses textos mutilados.

Mas
passou por mim um Poema pronto (com trilha sonora e tudo)
e não parou...
Meu pulso, sim.




(ou melhor, quase).


E você desaparece,
(enquanto ainda decido se corro atrás ou faço Psiu!)
minhas horas se consomem em sua espera,

no ônibus, na UFF, no corredor, na praça,
na rua, no prédio, naquela festa, na van...

__ Passa aqui quando voltar de sei lá.
Meu Poema desconhecido,
vai por aí, desenhando palavras aladas,
com seus passos que transbordam dorremis.

5 comentários:

Ludmila Morais Sanches disse...

Vestígios de palavras bem pontuadas deixando rastros para tudo enquanto é lado, enquanto é estado. Gostei.

Anônimo disse...

gostei, sempre gosto..
sou suspeita.

beijos
by pan

Lu Morena disse...

Li uma vez,
duas,
três...
Nunca é bastante.
Se pudesse,
tatuaria suas palavras em minhas veias,
(não só essas, mas todas)
pra não ficar refém
da minha memória rebelde.

Não me canso de vc
ou de seus exageros poéticos
Te amo muito, viu?

Unknown disse...

Pelo que já li de seus textos, você já tem um estilo sem nem perceber.
Suas palavras têm vestígios de poesia e algo sincero que encanta.
Mesmo sem querer, você já está dizendo...

Pâmella Véras disse...

Re lendo...... Re lembrando......... =)